Histórico da Defesa Civil de Araruama

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

HISTÓRICO DA DEFESA CIVIL DE ARARUAMA

       Devido as suas características geomorfológicas tais como seu relevo basicamente plano (Microrregião da Baixada Litorânea) e entrecortada por inúmeros rios, tendo ainda mar (Praia Seca) e duas lagoas com características distintas (Juturnaíba = água doce e Lagoa de Araruama = água salgada), além da predominância de ventos constantes, nossa cidade apresenta condições propícias à ocorrência de temporais, principalmente na estação do verão.
A sua baixa altitude em relação ao mar (em torno de 15 metros), combinada com a pouca declividade de terreno, seus rios, ao receberem grande quantidade de água, transbordam, afetando principalmente a área urbana e mais populosa do município.
Segundo relatos, no ano de 1981, a cidade fora castigada por um transbordamento de grande proporção, causando considerável prejuízo econômico, além de inúmeros desabrigados, levando as autoridades e a população a improvisarem meios de socorro às vítimas, uma vez que não havia nenhuma forma mínima de Defesa Civil.
Subsequente a este desastre, anualmente o município era castigado por temporais que sempre causavam destruição e prejuízos que atrasavam o desenvolvimento sócio econômico de Araruama.
Entre o fim de Dezembro de 2006 e o início Janeiro de 2007, castigada por vários temporais que afetaram diversos bairros, e não dispondo de capacidade de recuperação por seus próprios meios, a administração da cidade precisou recorrer ao apoio dos governos estadual e federal.
No entanto, a legislação é muito clara quanto a critérios impeditivos para liberação de verbas emergenciais aos municípios brasileiros que não dispõem de Defesa Civil criada previamente na forma da lei e reconhecida por Brasília.
Deste modo, em 22 de Janeiro de 2007, através da Lei Complementar número 043, foi criada a Coordenadoria Municipal de Defesa Civil, ligada a Secretaria Municipal de Saúde, a exemplo do modelo adotado pelo governo do estado do Rio de Janeiro, como primeiro Coordenador, foi nomeado o Tenente Coronel do Corpo de Bombeiros Carlos Alexandre Carneiro da Rosa.
 A partir de então, por diversas ocasiões teve a Coordenadoria de Defesa Civil papel fundamental nas ações de prevenção e minimização de desastres, ativação de abrigos, palestras nas comunidades e escolas, levantamento e pesquisa dos risco que predominam em Araruama, busca de parcerias etc.
Em Janeiro de 2009, o Prefeito André Luiz Mônica e Silva, elevou a antiga Coordenadoria à condição de Subsecretaria, conforme a Lei n° 001 de 02 de Janeiro de 2009, mantendo o Ten. Cel Carlos Alexandre.
Em 6 de Abril de 2010, a Defesa Civil de Araruama passou com louvor pelo sua mais difícil prova, quando um excepcional temporal que depositou mais de 180 mm de água por metro quadrado, castigou todo município, levando a decretação de Situação de Emergência, homologada pelo governo estadual e reconhecida pelo governo federal, conforme prevê criteriosa legislação para tais fins.
Ao todo, mais de 32.000 pessoas e 5.000 residências foram afetadas, em diversos bairros dos cinco distritos de Araruama, principalmente nas seguintes localidades/bairros: (Área Urbana): Centro, Parque Mataruna, Clube dos Engenheiros, Rio do Limão, Ponte dos Leites, Bananeiras, Boa Perna, Outeiro, Jardim São Paulo, XV de Novembro, Japão, Itatiquara, Iguabinha, Canto do Rio, Morro Moreno. (Área Rural): São Vicente de Paula, Morro Grande, Loteamento Nova São Vicente, Soubara e Sobradinho.
Naquela ocasião, mais de 145 Araruamenses ficaram alojados em abrigos ativados na Escola Municipal André Gomes, no bairro Bananeiras, na Casa da Alegria, no bairro Mutirão e na Igreja Assembléia de Deus, no bairro Rio do Limão.
Um Gabinete de Contingenciamento de Crise foi montado na sede da Secretaria de Obras, tendo a frente dos trabalhos o Prefeito André Mônica que confiou à Defesa Civil pleno poderes para mobilizar qualquer órgão municipal, dando clara demonstração na capacidade de organização e gerenciamento da Defesa Civil.
Nos abrigos, cada pessoa recebeu colchão, lençol, travesseiro, fronha, cobertor e toalha, oriundos do Ministério da Integração Nacional, além de donativos diversos procedentes do governo e da população de Araruama.
Todos os desabrigados se alimentavam com café da manhã, almoço, lanche da tarde, jantar e ceia noturna, não faltando-lhes o mínimo de dignidade para minorar seu sofrimento.
No entanto, além de enchentes e inundações (Bruscas e graduais), detectamos outros riscos de possíveis desastres em Araruama, tais como: Vendavais, construções irregulares, estiagem, imóveis com rachaduras e infiltrações, epidemia de dengue, infestação de caramujo africano, desmatamento etc.
Assim sendo, torna-se imperioso que Araruama tenha sua Defesa Civil organizada, equipada e motivada, de modo a prevenir e minimizar os efeitos de quaisquer tipos de desastres quer sejam eles causados pela ação/omissão do homem (desastre antropogênico), ou desastre da causas naturais.

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